A começar pelo título, Mustaine explica porque tal nome em entrevista à Rolling Stone: Eu nasci em 13 de setembro, este é meu 13º álbum. Pareceu-me a coisa certa a fazer para chamá-lo TH1RT3EN".
O álbum é marcado pela volta de Dave Ellefson à composição de um álbum do Megadeth, visto que o ultimo álbum que ele gravou com a banda foi o Rude Awakening, em 2002.
O álbum começa com a dobradinha que já havia sido disponibilizada pela banda, as fortes "Sudden Death" e "Public Enemy No.1". A faixa a seguir, "Whose Life (Is It Anyways?)" remete aos tempos de "Peace Sells...But Who's Buying?", rápida e com excelentes solos. Boa musica, porém fica esquecida quando se inicia a próxima faixa, "We The People" que, sem dúvida alguma, é uma das melhores do álbum. De "Guns, Drugs & Money" até "Fast Lane", o que podemos encontrar é o Megadeth de sempre, sem muitas novidades. Podemos dizer que é o Megadeth pisando em seu chão seguro, para não arriscar se perder de seu caminho. "Black Swan" vem em seguida e tem um dos melhores (e mais grudentos) refrões do álbum. Excelente musica, também entra como sendo uma das melhores do álbum. "Wrecker" vem como sucessora, porém se encaixa na mesmice do Megadeth. Boa faixa, porém mais uma vez, Mustaine optou por pisar num chão seguro. Agora, o destaque do álbum, "Millennium of the Blind" é sem dúvida, a obra prima desse álbum. O cenário inicial nos dá indícios de que será uma balada sem muito a nos mostrar, porém, quando entra a bateria de Shawn Drover e o baixo de Dave Ellefson, essa obra começa a mostrar os motivos pelos quais vem sendo considerada épica entre os fãs. Em seguida, temos "Deadly Nightshade" onde, mais uma vez, encontramos um Megadeth sem ambições. E, para concluir o álbum, a esperada faixa "13", cercada num clima misterioso e de certa forma, macabro. Sem saber por onde a banda vai caminhar musicalmente, temos apenas a certeza de que caminhará para um encerramento digno de Mustaine & Cia.
Alguns aspectos que chamam a atenção nesse álbum são: O incrível entrosamento de guitarras entre Dave Mustaine e Chris Broderick, nos remetendo, de certa forma, aos tempos de Mustaine e Friedman, e a evolução de Shawn Drover na bateria. Sabendo o momento certo de impor ritmos cavalgados, rápidos e precisos, ou cadenciados, Shawn mostra toda a sua evolução desde que entrou na banda. Dave Ellefson dispensa comentários e mais uma vez nos mostra o porque de ser considerado um dos melhores baixistas do estilo.
Por fim, TH1RT3EN, aos ouvidos dos fãs do Megadeth, soou incrivelmente bem. Musicas fortes, com o peso e velocidade característicos do Megadeth, porém um pouco mais trabalhadas, fazendo com que o fã da banda ficasse satisfeito com o resultado final. E para quem não é fã? Será necessário algumas audições mais apuradas para que o álbum seja apreciado. É o tipo de álbum que agrada os fãs e a mídia, mas que você não recomendaria à um amigo que não conhecesse a banda se ele lhe pedisse uma indicação de álbum do Megadeth para começar a ouvir.
Por: @PaulinhoIron
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